HISTÓRIA SINDICALISTA NO BRASIL


A história dos empregados tem se mostrado um tanto quanto injusta por conta da exploração que os empregadores da época faziam. Os empregados sofreram muito nas antigas fábricas, era comum o trabalho de crianças e mulheres grávidas, na qual eram submetidas as jornadas de trabalho que variavam entre 14 e 17 horas, sob péssimas condições de trabalho e segurança. Além da jornada diária e exploração de trabalho, os salários pagos eram baixos, havendo reduções salariais como forma de punição e castigo. Todos eram explorados sem qualquer direito ou proteção legal. Na época, o que realmente importava era a produção e não o trabalhador.
Assim, para obter melhores condições de trabalho e sair desse contexto de exploração, os trabalhadores foram gradativamente ganhando o direito de se associarem em grupos a fim de lutar pelo que lhes era devido, podendo fazer manifestos, reivindicações salariais e demais atos de interesse trabalhista.
Uma grande conquista para os trabalhadores foi a criação de uma das maiores organizações sindicais do mundo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). Onde, mais de cinco mil homens e mulheres, vindos todas as regiões do país, lotavam o galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz e imprimiam um capítulo importante da história.
A CUT é uma organização sindical brasileira, de caráter classista, autônomo e democrático, cujo compromisso é a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora. O objetivo da entidade é organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrática. A CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, com 3.299 entidades filiadas, 7.116.278 trabalhadores associados e 21.092.160 trabalhadores na base.
Um grande marco histórico pertinente á trajetória trabalhista, ocorrida em   1886, que é lembrada a cada primeiro de maio mexem com os outros 364 dias do ano. Muito mais do que um feriado, a data tem por objetivo chamar os povos para uma profunda reflexão sobre direitos adquiridos, senso de cidadania e união popular.
Após o ocorrido a ideia de que o trabalhador deveria ser um instrumento para o lucro dos patrões foi sendo questionada e as leis passaram a garantir, nas democracias, um novo papel para o cidadão. Primeiro de maio se tornou, assim, mais do que história, mas um presente em constante transformação.
Em 1930, Getúlio Vargas entra no comando do Brasil. O Estado sob o comando de Vargas tentou controlar o movimento sindical e operário. A primeira medida de Vargas foi a criação do Ministério do Trabalho, em 1930, com o objetivo de organizar uma política sindical tendo como meta conter a classe operária nos limites do Estado. Essa medida decretava o controle financeiro do Ministério do Trabalho sobre os recursos dos sindicatos, coibindo greves, e assim definia o sindicato como um órgão que estava no mesmo caminho que o Estado.
 Hodiernamente existem os mais variados tipos de sindicatos que representam e defendem o direito das mais variadas categorias profissionais, se aperfeiçoando e buscando cada vez mais os direitos dos trabalhadores no Brasil.
Diante de tais acontecimentos, é notável que foi de extrema importância a criação dos sindicatos, pois, através destes, os trabalhadores obtiveram várias conquistas e direitos que até então não tinham. Mas é questionável e o Estado deixa a desejar quando falamos de fiscalização periódica nos estabelecimentos sindicais e nas próprias empresas, pois, os direitos que os trabalhadores vieram adquirindo no decorrer do contexto histórico do trabalho não vem sendo cumprido pelos sindicatos, que deveriam representá-los, quanto dos empregadores, que tem submetido o trabalhador a situações que ferem seus direitos. Necessário se faz, a criação de uma entidade fiscalizadora para coibir os chamados "sindicatos de gavetas" que nada mais fazem do que ganhar dinheiro tirado do suor do trabalhador sem em contra partida buscar e defender seus direitos, pois sequer existem. Também tal entidade fiscalizadora deveria fiscalizar e punir os empregadores que vem burlando as leis trabalhistas, pois, na prática o que esta no papel continua no papel e o trabalhador é que sofre as consequências.

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