DESENVOLVIMENTO COOPERATIVISTA NO BRASIL

DESENVOLVIMENTO COOPERATIVISTA NO BRASIL


DESENVOLVIMENTO COOPERATIVISTA NO BRASIL


INTRODUÇÃO


O presente artigo tem como objetivo principal proporcionar ao leitor um breve entendimento do crescimento acelerado das cooperativas de crédito no Brasil, bem como sua estrutura e funcionalidade, comparando fundamentadamente as cooperativas de crédito com os demais bancos comerciais e financeiras, nas linhas de crédito mais utilizadas pelos brasileiros. O trabalho  mostra ao leitor qual é a importância das pessoas se associarem á estas cooperativas e qual a influência que elas vem apresentando na sociedade com o passar dos anos, isso tudo, positivamente comprovado através de dados com base em órgãos hierárquicos superiores, proporcionando deste modo um entendimento sucinto a cerca do assunto.

CRESCIMENTO ACELERADO DAS COOPERATIVAS DE CREDITO NO BRASIL


As cooperativas de crédito tendem a buscar o equilíbrio entre a situação econômica e a situação social das pessoas, são instituições constituídas de forma democrática e espontânea, com a unção de vários associados através de uma assembléia geral designada a criar a cooperativa de acordo com as necessidades de serviços e produtos financeiros das pessoas, onde os benefícios gerados retornarão para os associados, podendo a cooperativa constituir um bom projeto social para expandir ainda mais sua estrutura.
As instituições de crédito Cooperativistas tem se mostrado cada vez mais fortes no mercado nacional, seus diferenciais tem se destacado e atraindo novos clientes cada vez mais. E isso não para por ai, em 2013, com a criação do fundo garantidor único das instituições financeiras cooperativas (FGCoop), trouxe tanto as cooperativas quanto aos associados, maior força, garantia, segurança e aquisição de benefícios, dos quais ajudaram tanto a cooperativa na questão de expansão e crescimento, quanto aos seus associados que obtiveram mais linhas de produtos e serviços disponibilizados pelo governo através do Banco Central, interligando assim todo o sistema cooperativo nacional, fortalecendo ainda mais as cooperativas de crédito.

"Dados da evolução entre 2008 e 2012 revelam que as instituições financeiras cooperativas cresceram vertiginosamente. Enquanto o sistema financeiro nacional chegou à casa de 100% de crescimento em patrimônio líquido e 107% em ativos, as cooperativas de crédito chegaram aos 134% de patrimônio e 165% de ativos. Cooperativas de crédito devem ser e são mais atrativas que as demais instituições financeiras”.[1]

Mas, ainda havendo um vasto crescimento das cooperativas no decorrer dos anos, desde a década de 80, com o surgimento da primeira cooperativa de crédito no Brasil, com sede no Rio Grande do Sul, até os dias atuais, é preciso inovar, implementar novos recursos, alcançar os associados e mostrar quais são os benefícios que a cooperativa tem para oferecer, pois, grande parte dos associados manter um vínculo tanto com a cooperativa quanto com uma outra instituição privada, instituição essa onde ele encaminha grande parte dos produtos que utilizará, nos quais poderia telo feito junto a cooperativa, podendo assim desfrutar dos benefício ofertados.
O cooperativismo se traduz na mais pura organização democrática voltada para a solução de problemas comuns, podendo ser comprovada pelo próprio IDH onde demonstra que nos locais em que o cooperativismo se faz presente o índice de desenvolvimento é superior. As cooperativas tem beneficiado milhares de pessoas, principalmente crianças onde constantemente são feitos programas para incentivar e demonstrar a transparência e seriedade de uma cooperativa de crédito.
Uma pesquisa realizada pela OCB comparando taxas de juros entre cooperativas, financeiras e bancos comerciais, nas linhas de empréstimos mais demandadas pela população, como: cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal, mostrou que as cooperativas trabalham com o menor juro do mercado ficando em média de 4,91 %, enquanto as financeiras 11,58 % e os bancos comerciais 8,01 %. Levando em consideração as taxas da ANEFAC e informações do Banco Central, podemos observar a diferença dos produtos citados acima, o cartão de crédito a diferença de juros chegou á 5,05 % ao mês, no cheque especial á 3,10 % ao mês e no crédito pessoal á 2,81 % ao mês. Neste sentido é notável o crescimento das cooperativas, pois as mesmas buscam ajudar seus associados e não os afundar cada vez mais como fazem determinadas instituições privadas.
Hodiernamente segundo a OCB a participação das cooperativas de crédito no Sistema Financeiro Nacional oscilam em torno de apenas 3% da população, e mesmo pequena a participação conseguem beneficiar milhares de brasileiros, e deixar os bancos comerciais e as financeiras com medo, medo de que as cooperativas demandem a maior parte do mercado financeiro nacional.
“O cooperativismo se desenvolve fundamentalmente nas comunidades de interior e o estado de Santa Catarina, mais especificamente a região Oeste, é uma referência para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro”.[2]
Segundo Meinen, é possível notarmos a grande referência que o Oeste é em se tratando de cooperativismo no país, isso talvez porque esta região seja composta por pequenos produtores que acreditam na força do cooperativismo e na ajuda que esta entidade tem oferecido tanto para o homem do campo quanto para a população da cidade e micro e pequenas empresas.
O crescimento estrondoso das cooperativas se da devido a grande diferença em seus produtos (com taxas de juros ínfimos), serviços, atendimento, pois todos os colaboradores quanto os associados demonstram garra, defendem sua cooperativa, pois sabem que nela podem confiar. Hoje as pessoas já estão mais conscientizadas e sabem que as cooperativas são locais bons de trabalhar, o que não era possível notar nos tempos passados onde as pessoas tinham vergonha de dizer que trabalhavam com uma cooperativa. Seu principal diferencial é saber identificar as principais dificuldades financeiras das pessoas e batalhar incansavelmente para conseguir sanear tal problema, beneficiando e trazendo mais comodidade as pessoas.
Perante tamanho crescimento das cooperativas é possível notar uma certa omissão do estado em relação aos benefícios que poderiam ser fornecido às cooperativas, hoje o sistema cooperativista esta passando por uma certa dificuldade em relação aos bancos privados, pois, nestes bancos privados, onde o objetivo único é o lucro para os proprietários independente de qualquer outra coisa, independente se a pessoa vai falir ou não, independente se vão sujar o nome, o Estado os fornece todas as linhas de crédito disponíveis no Brasil, tudo com a maior facilidade, enquanto nas cooperativas de crédito eles dificultam tudo, se uma cooperativa quer alguma linha de crédito deve batalhar muito para conseguir e quando conseguem o estado põe tamanha burocracia. 

CONCLUSÃO


Ao analisarmos tais informações descritas acima quanto ao Desenvolvimento Cooperativista no Brasil, é possível percebermos tamanha importância que uma cooperativa de crédito faz em nosso país, percebesse que o papel que essas instituições fazem em nossa sociedade é de suma importância para o crescimento financeiro de pequenos agricultores, empresários e pessoas da cidade. Bem como o papel fundamental da cooperativa em ajudar o associado de todas as formas possíveis, buscando linhas de crédito que viabilizem sua produção, negócio, ou mesmo na aquisição de um bem que o fará mais contente, mantendo para ele um capital social que será retirado em tempos futuros, onde poderá desfrutar dos frutos que colheu durante uma grande trajetória de sua vida.
É notável que o crescimento acelerado destas cooperativas tem se mostrado em razão de sua finalidade (ajudar os associados), as pessoas estão mais conscientizadas de que se tornando associado terá direito há muitos benefício específicos de cooperativistas. Mas, perante tamanho crescimento, não devemos deixar de fora a omissão que a União (Estado) tem nos mostrado no decorrer da trajetória destas cooperativas, onde tem se mostrado omissa em relação a disponibilização de mais variedades de linhas de crédito.
É preciso que as pessoas se conscientizem de que movimentando seu financeiro com as cooperativas, além de fortalecê-las cada vez mais para poder obter aquisição de novos recursos,  estará se beneficiando e com isso beneficiando o próximo que talvez consiga uma linha de crédito nova que até então não existia na cooperativa. Também precisamos de uma revolução no nosso legislativo, pois, cada vez mais, nos deparamos com gente corrupta que não pensa em beneficiar as pessoas, mas sim a si próprio, e isso, é o que muitas vezes influencia na relação cooperativa x associado, pois, como nossos legisladores pensam somente para si próprio, jamais irão disponibilizar mais recursos as cooperativas de crédito brasileiras.




[1] Meinen, Elio. Diretor de Organização do Banco cooperativo do Brasil - BANCOOB.
[2] Meinen, Elio. Diretor de Organização do Banco cooperativo do Brasil - BANCOOB.

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